06 agosto 2013

Conversas de Camarim #1

Hoje estreia uma nova série do blog: Conversas de Camarim. Eu e mais 4 blogueiras vamos relatar experiências e opinar sobre diversos temas bailarinísticos, quase como naqueles papos de camarim, mas aqui será revelado sobre o que cochichamos tanto. Toda terça-feira será um tema diferente, mas hoje só falaremos brevemente sobre a história de cada uma com o balé. As blogueiras são Cyndi Oliveira, Geisa Vitte, Isabela Sousa, Jinnye Melo e eu. Espero que gostem ballerinas !!




Olááá!

Eu me chamo Cyndi, e acabei de fazer 18 anos. Eu comecei a fazer aulas de ballet com quase 15 anos, mas eu tinha muita vontade de fazer aulas desde que vi a dança pela primeira vez, que foi aos 10 anos. Na verdade verdadeira, eu fiz aulas sim com essa idade, mas foi por pouquíssimo tempo, então, para mim, não contou.

"Comecei numa turma básica, mas já no outro ano fui para uma turma bem mais avançada, por causa da minha coreografia na apresentação. Sim, me sentia um peixe fora d'água, mas foi muito bom eu ter avançado assim, porque aprendi muito mais do que se ficasse apenas na turma antiga (sinto dizer: amo muito o método inglês - Royal - que é o que eu faço, mas ele é lentinho.) Então, fiquei nas duas turmas.

Pouco depois de fazer 17 anos (já estava no ballet há dois anos, no Grade 4 do método e na turma avançada), eu sofri uma lesão numa queda. Isso foi em setembro do ano passado. Lutei em fazer aulas com dor até o meio de outubro, mas meu ortopedista pediu para parar por algum tempo para minhas contusões (que foram duas num tendão e uma óssea) cicatrizarem. O chato era que eu estava ensaiando para o espetáculo; ia dançar a Valsa das Flores, do Quebra-Nozes... no final, acabou que eu dancei, mas não a valsa, e sim como mãe de Clara. Foi super legal, mas não foi a mesma coisa. Confesso que quase chorei quando vi a valsa do palco, mas!...

A fisioterapia acabou em fevereiro, e nada de eu voltar às aulas até hoje. Fiz, sim, algumas aulas do Grade 4, porque vou fazer o exame da Royal para avançar de nível (que Deus me ajude, hahaha). Tô prometendo voltar desde junho, mas acho que dessa vez dá certo.

Que mais que eu tinha que falar mesmo? Ah, é! do blog!

Então, eu criei o O Meu Repertório pouco depois de começar a fazer ballet. Eu sou muito nerdona e gostava de pesquisar tudo sobre ballet mesmo sem fazer aula nenhuma. Já li muito blog, mas eu acho que o primeiro que passei a acompanhar de verdade foi o Dos Passos da Bailarina. Eu achava tudo isso tão legal que, quando eu comecei a fazer mesmo, queria partilhar as experiências que tinha também. Eu coloquei esse nome (que seria tipo "o meu [ballet] de repertório") porque seria minha história, sabe? como um ballet. Mas hoje em dia acho o nome super sem graça.

Ah, eu também tenho um tumblr, o uma bailarina, que é de humor. Acreditem em mim, gente: eu tomo meus remédios. haha" 



Meu nome é Geisa, tenho 13 anos, comecei a dançar com três, para nunca mais parar... Sou fascinada por todo ou qualquer tipo de arte, mas a dança é o que faz meu coração disparar! Eu era (como quase todo tipo de menina), sonhava em ser bailarina, e dançar "na ponta dos pés", a cada dia venho realizando o meu sonho pouco a pouco, e fico feliz em ver meus resultados, tanto em palco, quanto em sala de aula.

O "A rotina de uma Bailarina" não surgiu tão facilmente, pelo fato de eu não querer ser só mais uma adolescente que dança desde pequena, escrevendo em um blog de ballet! Mas superei isso tudo, e criei o meu cantinho pra poder dar e receber conhecimento sobre dança, e armazenar tudo de importante (ou nem tanto), que aprendi. As vezes me pego com dúvidas e questionamentos comigo mesma, e acabo usando o blog pra desabafar e dar ouvido ao que as outras pessoas tem pra falar...  "Sua tarefa, é descobrir o seu dom, e então, com todo o coração, dedicar-se a ele."

Olá bailarinos e bailarinas!
Sou Isabela Sousa, tenho 16 anos e fiz ballet por quase 7 anos (comecei com 6 anos). Atualmente não pratico a dança de forma profissional, mas faço aulas na academia que frequento (ritmos é muito divertido, queima boas calorias e é uma boa pedida para as bailarinas que não querem perder o rebolado!).
Desde pequenina sempre gostei de dança. Poder começar cedo no ballet, numa boa academia, foi o máximo para mim; chorava só de pensar em faltar às aulas! Cheguei a pular dois níveis e com todo esse rápido avanço, passei a buscar informações sobre ballet na internet e percebi que o conteúdo disponível era escasso. Foi desse jeito que surgiu o “Bailarina de Corpo & Alma”, sem nenhuma pretensão; queria apenas juntar as informações que fui ganhando com o tempo, reunir tudo em um único lugar. Já no segundo post, vi que o blog tinha ido além do que eu esperava. A partir daí, fui me dedicando mais e mais a ele e até hoje, após 5 anos, ele continua dando bons frutos. Lá eu posto de tudo um pouco: dicas sobre passos, alongamentos, fotos, vídeos, etc. Sempre estou respondendo perguntas no e-mail e no Ask do blog, também.
Parei de praticar ballet no Interfound/Intermediate (mais um pouquinho eu chegava ao avançado!). Tenho problemas de joelho (geno recurvatum) e, por recomendações médicas, eu teria que praticar musculação e cessar as atividades de alto impacto. Por esses e outros motivos, tive de sair da dança profissional. Mesmo assim, a paixão fala mais alto; não consigo me afastar da dança de jeito nenhum; ela sempre tem que estar presente de alguma forma na minha vida!

                                                                                                                          *  Jadlla Cruz (eu né)
Oii amantes da dança !
Sou Jadlla Cruz, tenho 20 anos (velha rs’) e comecei ballet super tarde. Desde pequena sempre tive vontade de fazer dança, mas fui impedida por meus pais por questões religiosas e preconceitos. Passei toda a minha infância e parte da adolescência tentando convencê-los a me deixar fazer aulas de ballet, mas infelizmente não surtiu muito resultado e para não ficar parada comecei a fazer alongamentos em casa por conta própria (perigoso, pois poderia ter adquirido algum problema físico por fazer algo errado).
Quando completei quinze anos decidi que faria ballet mesmo contra a vontade de todo mundo. Procurei escolas na minha cidade e até cheguei a fazer uma aula experimental, mas eles precisavam pagar a mensalidade, e daí voltei para o zero novamente, pois eles se recusaram a pagar, alegando dessa vez que eu já era velha demais para ballet. Não me conformei e decidi ganhar dinheiro para pagar as despesas do ballet. Foi então que decidi dar aulas de reforço escolar e foi com esse dinheiro que aos 16 anos frequentei minha primeira aula regular de ballet, foi um sonho realizado.
Desde então nunca mais parei de dançar, passei apenas dois meses na academia que comecei a dançar e partir para outra onde me sinto bem mais feliz e acolhida. Sempre gostei muito de escrever, sempre tive diários onde escrevia todas as minhas vivências, e com o ballet não foi diferente. Criei o Collant & Tutu para servir como um diário virtual, lá eu conto tudo que me acontece, faço alguns post com dicas e troco experiências com outros apaixonados pela dança, é um dos meus cantinhos favoritos!

Eu me chamo Jinnye Melo.  Tenho 22 anos e comecei o balé de verdade aos 17 anos na cidade onde nasci e moro até hoje: Fortaleza. Minha história com dança, entretanto, já é antiga. Desde pequena eu amava essa sensação de sonhar a realidade e criar minhas próprias histórias, só não sabia ainda que dançar praticamente implicava em tudo isso (para mim, sim). Eu cheguei a procurar diversos lugares desde 11 anos, mas todos diziam que eu devia ter experiência prévia, pela idade. Aos 16, descobri que nunca é tarde para começar! Então, tapei os ouvidos e fui atrás.

Comecei o básico do básico do ballet e um pouco de Jazz em um projeto da escola pública onde eu estudava. Pouco tempo depois, mudei-me para Fortaleza, fui direto para escola de dança onde faço aula de balé clássico atualmente. A primeira impressão foi de deslocamento, pois eu era a mais velha e mais desengonçada. Felizmente, eu estava encantada demais para desistir, tudo que eu queria era dançar balé e, por isso, faço aula até hoje.

Criei o Arabescos Dourados para compartilhar experiências. Faz tempo que percebo a necessidade de ter um espaço para opinar livremente sobre dança e registrar experiências. E é difícil a gente encontrar pessoas que gostam de discutir o balé clássico de maneira mais profunda. Muitas querem praticar o balé acriticamente, apenas como uma atividade. Por isso, eu acredito nesses espaços que as blogueiras criam cada uma com seu jeito, acredito neles como potenciais difundidores de questionamentos valiosos tanto para dança quanto para a sociedade. Por anos, o balé estava silenciosamente enterrado nas academias. Hoje podemos comemorar que tanta gente saiu da toca e deu cores a esse mundo invisível. 




Espero que gostem da série, toda terça-feira teremos novos posts com muitos assuntos interessantes, até mais !

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