02 dezembro 2013

Conversas de Camarim 2#


Faz muito tempo que eu deveria ter postado o segundo episódio do quadro, mas estava muito atarefada e não pude. Mas está aí, e realmente vale apena ler !!!  Antes tarde do que nunca não é ???

  • Cyndi Oliveira

Foi difícil lembrar algum mico meu, porque, no ballet, geralmente, eu sou mais tímida e reservada. Pois bem.
O primeiro que me veio à mente foi minha primeira apresentação na ponta. Juntou um monte de condição difícil: sapatilha dura, palco pequeno pra tanta gente, coreografia recém-decorada. Aí eu já fiquei meio nervosa! Eu sou assim: quando as coisas parecem de leve que vão dar errado, eu acredito piamente e já me desespero! Então, no meio da coreografia caí da ponta (que raiva, viu. no ensaio nunca aconteceu). Tremi tanto depois que só Deus sabe como terminei a coreografia. Acho que caí de novo, não lembro. E no final, fiquei tonta num giro, e meio que me descabelei pros lados… Na hora não foi nem um pouco engraçado, eu fiquei nervosíssima e tremia demais. Mas quando eu assisti ao vídeo não aguentei, e ri muuuuuuuuuuuito de mim mesma, e das minhas amigas (as que erraram por mérito próprio e as que se coisaram com o palco minúsculo). Caramba, vocês não sabem o quanto eu ri! De chorar, sério!
O outro foi num pequeno pas de deux que tive (pequeno? ou micro? ou nano?). O partner, com as mãos em minha cintura, me ajudava no detourné, e meus braços iam de 1ª para 5ª. Hum! Eu não meti a mão na cara dele nisso??!! Cara, foi forte!, mas eu não conseguia parar de rir, junto com o resto do pessoal. Tadinho!
  • Isabela Sousa

Lembro-me de vários miquinhos básicos que já passei no ballet, desde meia super rasgada que eu nem tinha percebido (e você vai com ela justo em dias importantes, como ensaio geral no palco!), até situações tensas durante apresentações.
Uma dica de bailarina: quando seu figurino for colado ao corpo ou transparente, use a lingerie apropriada. Aliás, sempre use a lingerie apropriada para qualquer figurino! Quando fui um peixinho (que fofo, não?), o figurino era totalmente colado. Inventei de ir com um sutiã mais escuro e calcinha sem ser cor da pele, meio amarela. Até hoje quando revejo as fotos dessa apresentação, morro de vergonha! Sob as luzes dos holofotes, dá pra ver tudo que está por baixo do figurino (ninguém merece)!
Uma apresentação ficou bem marcada na minha memória: a minha última vez no palco. Ela foi marcante não só por ser a última, mas por ter sido bem improvisada. Era uma pequena participação num festival de dança e tivemos pouquíssimo tempo para ensaiar.
A marcação do palco foi no dia do festival, bem rapidinha; bateu aquela insegurança em todo mundo! Só que não dava para voltar atrás; entramos no palco, bem nervosas. Na valsa, cada uma tinha um arco de flores; antes de entrar no palco, todas nós deixamos os arcos arrumados, para não perder tempo na hora de pegá-los durante a apresentação. Porém, na hora H, todo mundo se apressou e pegou qualquer arco que via pela frente, desorganizando tudo; teve até gente sem arco que improvisou!
O pior, porém, aconteceu comigo: minha sapatilha de ponta saiu do pé numa parte da coreografia! Pense num desespero (quase choro no palco!). A sorte é que foi num momento em que eu ficava parada e logo depois saia do palco; até hoje não sei como consegui calçar minha sapatilha tão rápido no intervalo da coxia. Foram os 8 segundos (sim, 8 segundos para ajeitar a sapatilha no pé! mais desesperadores da minha vida! Tá, isso foi mais uma situação tensa do que um mico em si, mas foi muito desconcertante!
  • Jadlla Cruz

Olá Ballerinas !
Acredito que sou a bailarina mais cheia de micos nesse mundo ! Sou daquelas que caem na aula de ponta e se esbarram com a colega de barra. Se eu parar para contar todas as minhas experiências trágicas seria um livro então decidi contar algumas mais simples de serem entendidas, e as que considero mais interessantes (pra não falar rídiculas rs).
ATRASADA NO PALCO
Ano passado participei de dois festivais de ballet e com a organização das datas dancei cinco dias seguidos contanto os dois espetáculos. No terceiro dia eu já estava acabada e minha mente não funcionava mais. Dancei na coreografia de abertura e depois disso troquei os figurinos e acabei vestindo o figurino errado da coreografia seguinte. RESULTADO: Quando a música da minha próxima dança começou a tocar eu ainda estava tentando vestir o figurino correto. Dei de cara com minha professora que me empurrou no palco no meio da coreografia. Imaginem minha cara de pau rindo para o público e entrando sozinha no meio da coreografia tentando acompanhar o resto do grupo. kkkkkkkkkk trágico !
SEM FIGURINO
Esse foi o meu mais novo acontecimento. Como as pessoas que me seguem no blog já sabem, eu participei do Festival Nacional de Dança aqui na Bahia e nos preparamos muito para isso. Como forma de “treino” nós preparamos uma mostra coreográfica com algumas coreografias que iríamos competir no evento. Minha coreografia estava presente na mostra, a dança era cheia de detalhes e os figurinos estavam no palco, eu os vestiria dançando. Como eu sempre tenho que enrrolar as coisas, no meio da coreografia eu percebi que metade dos figurinos que eu deveria vestir no palco estavam no camarim, É, EU ESQUECI TUDO LÁ ! Tive que inventar umas adaptações na hora mas mesmo assim foi horrível ! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk’
  • Jinnye Melo

Se eu fosse falar sobre todos os micos que já paguei no balé não ia sobrar espaço. Eu sou muito atrapalhada e quando tem algum passo que não consigo fazer de jeito nenhum, ao tentar alguma coisa sai engraçada. Parece que quanto mais envergonhada você for, mais vergonha você passa.
Na minha primeira apresentação de balé, eu era a primeira a entrar, depois de mim entravam mais três. Elas não entravam de uma vez, existia o tempo para cada uma, nós formávamos uma fila. No ensaio geral eu estava muito nervosa, porque eu nunca tinha dançado naquele palco enorme. O que ele tinha de lindo, tinha de assustador. E a diretora da escola ficava lá em cima de onde ela via tudo e corrigia com um microfone. Quando saiu minha música, me deu uma ansiedade tão grande que esqueci de contar e entrei muito adiantada. Resultado: Fiquei só no palco, as meninas estavam esperando o tempo delas. Eu só percebi o que tinha feito quando a diretora falou: “O que essa menina tá fazendo aí sozinha?!”. Na hora eu fiquei apavorada, mas hoje até dou boas risadas disso. Não adianta, quando fico nervosa eu enfio os pés pelas mãos.
Outro mico, dessa vez sem tanto público, aconteceu quando eu tinha acabado de sair da aula de balé. Minhas pernas tremiam por causa dos saltos, que foram muitos. Eu entrei em um dos box do banheiro pra trocar de roupa exausta. Na hora que eu me viro, uma barata enorme e nojenta começa a voar naquele espaço minúsculo! E como eu gritei. Tentei abrir a porta que tava com a fechadura emperrada, mas a barata voava e eu tava quase sem coordenação motora. Só se ouviam meus pulos e meus gritos dentro daquele banheiro. E minha amiga lá fora: “Jinnye? Jinnye? o que tá acontecendo?!”. Até que finalmente consegui escapar e corrí de lá esbaforida. Um dos meus maiores pesadelos se torna realidade assim, na maior. Não sei se é mico, ou conto de terror, depende do ponto de vista. Pra mim é uma mistura do dois.

  • Geisa Vitte

Talvez fazer algo errado na frente de uma ou mais pessoas, valha a pena, por questão de aprendizado, errando que se aprende, certo? Aí eu me pergunto: é melhor aprender errando ou continuar na boa e cômoda ignorância? Acho que a primeira alternativa vem mais ao caso!
Me lembro como se fosse ontem de uma apresentação de espetáculo no final do ano, teatro cheio, pra onde olhasse, se veriam flashs e luzes, minha vez de dançar… O figurino era cor da pele, coloquei um sutiã tomara que caia, pra não marcar muito, e mais ou menos no meio da coreografia, ele fez jus ao nome, e foi caindo. Senti uma agonia imensa, e pra melhorar, eu não saía do palco em momento algum. Resultado: dancei assim até o fim, porque bailarina não pode se abalar com nada!!
Outro acontecimento, foi menos constrangedor, com menos público, mas também um tanto quanto traumatizante. Eu estava em um teste no ballet, a primeira da barra (por vontade própria), estava fazendo tudo certo, até que me empolguei, fui fazer um passé na meia ponta, soltei o braço na hora, e acabei caindo, tive até uma leve torção no pé, pra completar, na frente da avaliadora! Depois dessa, soltar da barra nunca mais!

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